Fluir, 2025
Bordado sob lenço de algodão.
26cm x 26cm
Poema bordado:
•A grandeza da confluência•
Um rio não se perde quando encontra outro.
Seus cursos se misturam, suas águas se tornam uma só dança.
Ainda assim, ele segue sendo.
Fluir não é desaparecer, é expandir.
É tocar e ser tocado, sem deixar de pulsar na própria essência.
Na confluência, não há fim… há continuidade.
Ser mais não significa deixar de ser.
O encontro não apaga, soma.
O fluxo não rompe, refaz.
O que deságua, renasce.
Assim também somos nós, filhas das águas e das que vieram antes.
Nosso corpo é rio, correnteza, nascente de tudo o que já fomos.
Carregamos em nós os gestos das mães, das avós,
os ecos de vozes antigas que ainda sussurram no vento.
Nos fios que se entrelaçam, na terra que nos sustenta,
somos confluência, e seguimos, sempre, sendo.